Uma nova lei publicada em Espanha tornou obrigatório que todos os restaurantes disponibilizem embalagens para que os clientes possam levar as sobras da sua refeição para casa, impedindo assim que estas sigam diretamente para o lixo.
Além desta medida, os supermercados e as indústrias alimentares ficam também obrigadas a criar planos de prevenção de desperdício, com a prioridade de doar alimentos não vendidos. Estas grandes superfícies comerciais terão também de estabelecer acordos com bancos alimentares e organizações solidárias, de modo a garantir que alimentos em bom estado sejam distribuídos por pessoas com menos posses. Em casos de alimentos que não possam ser doados, estes seguirão para um último recurso, que poderá variar entre a compostagem, a alimentação animal ou a produção de biogás. O objetivo destas medidas é garantir um cada vez menor desperdício alimentar.
Este é um problema que também Portugal enfrenta. Estima-se que tenham sido desperdiçadas cerca de 1,8 toneladas de alimentos durante o ano de 2022, segundo dados do INE. A maioria deste desperdício acontece em casa, nas pequenas decisões do dia a dia como comida que se deixa estragar no frigorífico, sobras que se deitam fora ou refeições mal planeadas que nunca chegam a ser cozinhadas. Tudo somado, representa cerca de 350 euros por pessoa por ano em alimentos que vão diretamente para o lixo — um custo que pesa tanto na carteira como no planeta. A introdução de leis e de planos que alertem para a necessidade de impedir o desperdício alimentar são passos para criar uma maior consciencialização na sociedade para que se vão adotando medidas na rotina diária. Em último caso, esta pode ser dirigida para o ecoponto castanho, e aproveitada para a gestão de resíduos, de forma a reaproveitar essas sobras.
A Blueotter acredita que todos os recursos devem ser reaproveitados o mais possível, nomeadamente os resíduos orgânicos. Não desperdice, aproveite sempre todas as hipóteses que protejam o nosso ambiente.