Quantos telemóveis velhos tem guardados em casa? E computadores, tablets ou carregadores que já não usa? Se respondeu “vários”, não está sozinho.
Segundo um estudo do Eurostat, mais de metade dos europeus (51%) guarda os seus dispositivos eletrónicos antigos, mesmo quando estes já não funcionam. O problema é que, ao acumulá-los em gavetas e caixas, estamos a adiar a decisão essencial e correta, o seu encaminhamento correto para reciclagem.
Apenas 11% das pessoas reciclam os seus equipamentos eletrónicos. Os restantes ou oferecem, vendem ou – a pior decisão – deitam-nos para o lixo comum, o que representa um sério risco ambiental e para a saúde.
Os números mais preocupantes chegam dos países da Europa balcânica, onde países como Montenegro e Macedónia do Norte registam taxas alarmantes de descarte incorreto, ultrapassando os 9%. Na União Europeia, a Chéquia lidera o ranking negativo, com quase 6% dos telemóveis a acabar no lixo comum. Portugal, apesar de não surgir no topo da lista, a falta de informação e de infraestruturas ainda limita uma reciclagem eficaz que poderia ter melhores resultados.
Um dos principais entraves é a preocupação com a segurança dos dados pessoais, uma questão referida por 37% dos inquiridos. Outros 29% não sabem onde entregar os seus aparelhos em fim de vida. No entanto, estes são problemas que podem ser resolvidos com soluções como a instalação de pontos de recolha ou com campanhas de sensibilização.
É importante relembrar que os resíduos eletrónicos são altamente tóxicos. Contêm chumbo, mercúrio e dioxinas, sendo estas substâncias que podem afetar gravemente a saúde, especialmente em crianças, e comprometer ecossistemas inteiros se não forem tratados adequadamente.
Na Blueotter, acreditamos que a tecnologia deve ser aliada do ambiente, não uma inimiga. Isso começa com o gesto simples de dar o destino certo aos aparelhos que já não usamos. A sustentabilidade também se faz com o que escolhemos guardar, ou, de preferência, reciclar.
